segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cinema Japonês

O Japão tem uma das mais antigas indústrias de cinema do mundo, a sua história estende-se por mais de 100 anos. Actualmente é o terceiro pais com mais produções cinematográficas.

Em 1897, O cinematógrafo foi apresentado pelo cinegrafista dos Lumière que mostrou os primeiros filmes no Japão, porém, não foi uma nova experiencia para os japoneses que já tinha uma rica tradição de objectos pré-cinemáticos como a “lanterna mágica”. Em 1898, apareceu os primeiros filmes japoneses sobre fantasmas e em 1899, o primeiro documentário. Os primeiros filmes japoneses empregavam "benshi", narradores cujas leituras dramáticas acompanhavam o filme e a música.

No início do século XX, mas precisamente em 1908, Shouzou Makino, considerado o director pioneiro do cinema japonês, começou sua influente carreira com "Honnouji Gassen", produzido por Yokota Shoukai. Em 1917, Yasunosuke Gonda, com seu filme "A filha do Capitão", que torna um dos primeiros filmes falados com a sua adaptação anos mais tarde, iniciou novas técnicas para a era dos filmes mudos, como os close-up e os cut back.

Os filmes japoneses ganharam popularidade no meio da década de 20 contra os filmes estrangeiros, em parte, por causa da popularidade das estrelas de cinema. Nos finais dos anos vintes, formaram um movimento conhecido pelos seus filmes de tendências que possuía intenções radicais, porém, os membros acabaram por ser presos e o movimento acabou por desfazer-se.

O terramoto de 1923, o bombardeamento Aliado de Tóquio durante a Segunda Guerra Mundial, assim como os efeitos naturais do tempo e da humidade do país nas frágeis películas, destruíram a maior parte dos filmes realizados naquele período.

Nos anos trinta, ao contrário dos Estados Unidos, ainda continuavam com os filmes mudos, embora, começaram a surgir algumas curtas-metragens com som. Nos anos trinta também ficou marcado com o envolvimento do governo no cinema como forma de propagandas e documentários.

Na década de 40, devido a Segunda Guerra Mundial, a fraca economia e o desemprego afectou a Indústria cinematográfica, porém, ainda, continuava a usar o cinema como forma de propaganda e de enaltecer o império japonês. Os anos cinquenta ficaram conhecidos como “Período Dourado” no cinema japonês, onde vários filmes recebem elogios da críticas e conhecidos internacionalmente, como o “Godzilla” ou "Os Setes Samurais". O primeiro filme com cor foi "Carmen Comes Home" dirigido por Keisuke Kinoshita e realizado em 1951.

O movimento "New Wave Japonês" surge na década de cinquenta e termina no início dos anos setenta, que começa os primeiros "pink filmes" japonês, embora ter tido controvérsias pelo conteúdo sexual explícito, foram os primeiros passos para jovens realizadores independentes do Japão conseguir seu espaço na indústria cinematográfica.

Durante a década de oitenta, com o anime (termo popularizado para a animação japonesa) ganhando popularidade, surge vários filmes animados, como a Princesa Mononoke, que mais tarde na década de 90, vários directores introduzem novas ideologias acerca do anime como não sendo apenas para o entretenimento mas uma arte moderna, como o filme Ghost in the Shell, um filme de animação baseado no manga de Masamume Shirow, que tornou mundialmente conhecido, o mesmo caso do filme de Neon Genesis Evangelion, devido a imensa popularidade da série.

A década de 2000 foi o período mais produtivo para o cinema japonês desde 1955, o número de produções aumentaram, em particularmente, os filmes baseados em series de animações populares. Actualmente é considerado o "Segundo Período Dourado do Cinema Japonês" por causa da imensa popularidade do anime no Japão e no resto do mundo que conta com 60% da produção cinematográfica japonesa.

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