quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cinema Alemão

O cinema na Alemanha ficou marcado com várias tendências artísticas e vanguardas plásticas. Como é do conhecimento geral a Alemanha esteve dividida entre: República Federal Alemã e a República Democrática Alemã e cada qual os seus filmes completamente independente uma da outra, sendo as temáticas, a linguagem e a estética diferentes.

Com o fim da 1ª Guerra Mundial o cinema alemão alcançou algum sucesso económico devido à desvalorização da sua moeda o que possibilitou à exportação de filmes a preços praticamente sem concorrência, mas por outro retirou a vontade de muitos produtores de exportarem os seus filmes para o país. Tal não era o estado da economia alemã que a indústria cinematográfica dependia de muitas companhias economicamente fracas. O cinema alemão alcançou um dos pontos mais altos em 1920 quando foram produzidos 474 filmes de longa-metragem.

O Marco estabilizou no ano seguinte permitindo as normais condições de produção que se espera nesta indústria, nesta altura os produtores americanos começaram a interessar pelo mercado alemão. Mas os produtores alemães não conseguiam alcançar a concorrência estrangeira, então o governo decidiu intervir proibindo os filmes estrangeiros de ultrapassar o número de fitas que o país produzia na altura. A UFA (complexo de distribuição fundado em 1917) em 1926 viu se forçada a pedir um empréstimo de quatro milhões de dólares, junto das concorrentes americanas como a Metro Goldwin Mayer (Declarou falência fechando as suas portas em 2010) e a Paramount, nem mesmo assim a UFA iria conseguir evitar a falência, o consórcio Hugenberg interessou-se pelo complexo de distribuição e então esta ficou sob o controle do consórcio, mas os seus fins inicialmente não tinham destino económico mas de publicidade política. Nesta altura de crise era favorecia esta actividade artística.

O cinema alemão foi atingido ainda antes do cinema sonoro ter grande profundidade pela crise económica de 1929-1930. Mais uma vez esta indústria é usada com segundas intenções depois de os nacional-socialistas atingirem o poder, acabando com as companhias pequenas e colocando as grandes sob controlo do estado. Já depois de Hitler tomar o poder, Goebbels, comunicava, às pessoas ligadas à indústria do cinema que o governo teria interesse em tudo o que se referia a ela. Em 1934 saiu uma lei que punha o cinema alemão sob alçada da censura, que ia desde o guião ao produto final. Na altura do governo nazi o cinema regrediu, pois não havia críticas à sociedade, e ao governo devido à censura.

Na sua maioria por esta altura o cinema era constituído por filmes de documentário como Sieg des Glaubens” (A vitória da fé, 1933) e “Triumph des Willens” (O Triunfo da Vontade, 1935) ambos sobre congressos realizados no mesmo ano e no ano anterior respectivamente.
No final do século XX o cinema alemão acordou finalmente de uma época de desassossego com o filme Corre Lola Corre de Tom Tykwer (1998).

Vários filmes alemães obteram sucesso internacional ganhando várias distinções como: Óscar para Sem Lugar na África, de Caroline Link (2002), um Urso de Ouro na Berlinale para Contra a Parede, de Fatih Akin (2004)

A mudança de mentalidade fez com que géneros até então pouco apreciados como a comédia atingissem sucesso (Adeus, Lenine de Wolfgang Becker de 2003) pois tratam de histórias com temas universais.
Surgiria então na década de 2000 o interesse em convulsões sociais, A Queda de Oliver Hirschbiegel quebrou um tabu, decidindo mostra o lado humano de Hitler.

De destacar que desde 1951 acontece o Festival Internacional do Filme de Berlim, que é o segundo mais importante festival a seguir ao de Cannes.
O futuro da indústria cinematográfica alemã prevê-se risonho com a união do poder do público com a iniciativa privada.

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