segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cinema Indiano

A indústria de cinema Indiana é considerada a maior do mundo em termos de vendas de bilhetes (o preço é dos mais baratos do mundo) e na produção de filmes por ano. O Cinema indiano é conhecido também por ter um grande público, em cada três meses as salas de cinema chegam atingir o total da população da Índia. Os filmes produzidos têm ao longo dos anos ganho popularidade internacionalmente devido à comunidade de indianos residentes noutros países.

A 7 de Julho de 1896, os irmãos Lumière introduziram o cinema em Bombaim (actualmente Mumbai). Um ano mais tarde começaram as exibições diárias de filmes pelo Clifton and Co.’s Meadows Street Photography Studio.

Em 1898, Hiralal Sen (considerado um dos primeiros directores do cinema indiano) começou a filmar cenas teatrais em Calcutá (em bengali, a Índia tem várias línguas) como complemento às peças de teatro (exibindo os filmes nos intervalos na sua maioria para famílias da alta sociedade). Harischandra Sakharam Bhatavdekar, conhecido como Save Dada, filmou o primeiro documentário indiano sobre um encontro de luta livre que ocorreu em 1897. Anos mais tarde em 1901, gravou o regresso de Ragunath P. Paranjpye de Cambridge (distinguido em Matemática na Universidade de Cambridge, e de M. M. Bhownuggree) que acabou por ser o primeiro filme de notícias indiano.

O potencial comercial do cinema indiano também foi testado nesta altura com filmes como “Grand Kinetoscope Newsreels” de F. B. Thanewala que se tornou num sucesso. J. F. Madan foi um produtor de cinema bem-sucedido, com vários filmes de êxito, também é conhecido por fundar a Madan Theatres Limited, que se viria a tornar a maior casa de produção, distribuição e exibição e a maior importadora de filmes americanos depois da Primeira Guerra Mundial.

Nesta altura começaram a ser estabelecidas as casas de cinema nas grandes cidades indianas, tal como o Novelty Cinema de Bombaim e o Elphinstone Picture Palace em Calcutá (estabelecido por J. F. Madan em 1907). As projecções de cinema, por vezes eram organizadas em tendas. Em 1904, Manek Sethna fundou a Touring Cinema Co. Em Bombaim e um ano mais tarde, Swamikannu Vincent, um engenheiro de vias-férreas que estabeleceu um tipo de cinema itinerante que ia até às pequenas cidades e aldeias do sul da Índia.
A primeira longa-metragem foi um filme com o nome de Pundalik, por N. G. Chitre e Dadasaheb Torne. Raja Harishchandra foi um filme produzido em 1913 por Dadasaheb Phalke e foi o seu primeiro sucesso, é um filme que se foca em temas indianos. Dadasaheb Phalke teve a ideia de fazer uma indústria cinematográfica que se focasse nesses temas, foi inspirado pela projecção de A Vida de Cristo e continuou a fazer filmes de mitologia até à chegada do cinema sonoro, pois foi aí que este tipo de filmes começara a perder popularidade.

Em 1918 surgiu a primeira longa-metragem no Sul da Índia, Keechaka Vadham de Rangaswamy Nataraja Mudaliar.
Por volta do ano de 1920 a produção de filmes no país já atingia os 27 filmes por ano. 11 Anos mais tarde chegou a uns 207 filmes anuais, foi nesta altura que apareceram novas companhias de produção e cineastas.
Os anos 30 trouxeram muitas mudanças à indústria cinematográfica, do ponto de vista técnico e estilístico. Um marco importante foi em 1931 aquando o lançamento do primeiro filme indiano com som com o nome Alam Ara do director Ardeshir Irani. O filme foi dobrado em hindi e urdu tornando-se um êxito. Muitas outras produções a partir deste momento começaram a incluir diálogos nos seus filmes.

É na década de 30 que surgem os grandes três centros cinematográficos em Bombaim (Mumbai), Calcutá (Kolkata) e Madras (Chennai):
Bombaim – Distribuição a nível nacional não tanto de exportar.
Madras/Calcutá – dedicavam-se a filmes regionais.
Entre os anos 40 e 50, surgiram os filmes com sequências de música e dança, considerada a era de ouro do cinema indiano. Muitos dos filmes eram produzidos com os actores a executar as canções em playback.
Em 1953, Pather Panchali ganhou o premio para melhor Documento Humano no Festival de Cannes. Por volta desta mesma época, o cinema popular estava a abordar temas sociais, particularmente na indústria de cinema hindi.
Entre 1960 e 1980 surgiram muitos filmes com alto valor de produção, destacando-se um: Sholay de Ramesh Sippy. Nos anos que se seguiram os filmes que eram considerados comerciais eram os musicais românticos. 

Bollywood
  
Bollywood é a maior indústria de cinema indiano, em termos de lucros e popularidade a nível nacional e internacional. O nome surge da fusão de Bombaim que era o antigo nome de Mumbai e de Hollywood. Embora o nome seja usado por vezes para designar todo cinema indiano o que é incorrecto, pois é o nome da indústria de língua hindi.

Só a partir de 2000, Bollywood viu a sua popularidade aumentar no mundo, levando ao aumento da qualidade técnica e de inovação.
Bollywood atrai todo o tipo de pessoas, desde modelos a actores de teatro, até pessoas comuns se dirigem ao centro desta indústria para se tentarem tornar em estrelas.

Uma das técnicas usadas em Bollywood no som é que raramente as falas são gravadas nos locais sendo reproduzidas em estúdio pelos actores, enquanto tem um ecrã à frente com as suas imagens.
Os filmes de música e dança tem a particularidade, das músicas serem gravadas por um cantor profissional, em seguida os actores fazem a sincronização labial. Poucos são os actores que sabem cantar e dançar.
Normalmente os filmes de Bollywood custam perto de 10 milhões de dólares a fazer, a meio da década de 1990 começou a existir pressão para que os níveis de qualidade atingissem os mesmos dos filmes internacionais.

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